A Irmã de José Joaquim Samarcos: Maria do Rosário Samarcos
Maria do Rosário Samarcos, de 32 anos de idade (no ano de 1894), de 1,56 metros de altura, rosto redondo, olhos castanho e cabelos castanhos escuros. Ela era natural da freguesia de Lavos, Portugal, nascido no ano de 1862, pouco mais ou menos, era casada com o português Manoel Ignácio da Costa, natural da freguesia de Lavos, do Conselho de Figueira da Foz, distrito de Coimbra, Portugal, nascido no ano de 1856, homem branco, de 1,64 metros de altura, cabelos castanhos escuros e olhos castanhos claros, de rosto comprido com uma pequena cicatriz na face direita, filho de um outro Manoel Ignácio da Costa e de sua mulher d. Maria Joanna Pimpona.
O casal Maria do Rosário e Manoel Ignácio resolveu ir para o Recife, Pernambuco, tentar a sorte grande, como fizera na juventude o irmão dela, José Joaquim Samarcos, que se encontrava em boa situação financeira com seu negócio no ramo de chapelaria. A proposta de Manoel Ignácio era trabalhar na Chapelaria Francesa (Samarcos & Cia), ajudando seu cunhado.
Chegou a Pernambuco, entre os meses de agosto e setembro de 1894, se estabeleceu com sua família na casa de seu irmão, cunhado dele, na freguesia de Santo Antonio do Recife, passando Manoel, a trabalhar no cargo de Caixeiro (vendedor) da dita loja, no qual ainda continuava no ano seguinte de 1895, quando sua mulher adoeceu.
Como a doença de Maria do Rosário não cedia ao tratamento, acharam melhor que ela retornasse para Portugal, onde havia bons hospitais. Assim foi feito. Ela embarcou para Portugal, para a freguesia Lavos, acompanhada de seus três filhos, onde recomeçou seu tratamento médico. Ao que parece a viagem de navio não lhe fez muito bem, pelo contrário, contribuiu para agravar ainda mais o seu estado de saúde. No dia três de fevereiro de 1896, vítima de uma “moléstia de pulmão, conhecida vulgarmente por moléstia do peito” faleceu da vida presente, deixando o marido no Brasil e os três filhos em Portugal, com sua família.
No Recife, Manoel Ignácio, através de carta, recebeu a notícia do falecimento de sua mulher, mas seus afazeres não lhe possibilitaram retornar para Portugal, permanecendo nesta cidade, no trabalho com seu cunhado, enquanto seus filhos continuaram em Portugal. Passado os tempos, na mesma freguesia de Santo Antonio do Recife, e bem próximo da Chapelaria Francesa, Manoel Ignácio conheceu uma jovem chamada Fernandina, filha do falecido comerciante José Rufino de Souza Ramos e de d. Anna Joaquina da Motta Silveira, que morava na mesma rua da Chapelaria, com sua mãe e irmãos, e que freqüentava as missas das igrejas do Divino Espírito Santo, do Rosário dos Pretos e Matriz de Santo Antônio. Com ela contraiu casamento, tendo que, para isso, justificar perante a Câmara Eclesiástica, a sua viuvez, uma vez que não estava em seu poder a certidão de óbito de sua falecida mulher, assim como seu batistério. Na sua justificação, feita no dia cinco de dezembro de 1898, disse ter 42 anos de idade, ser natural de Portugal, que era comerciante e residente na freguesia de Santo Antonio do Recife, e que sempre usou o mesmo nome, e no estado de viúvo em que se encontrava e se considerando intimamente sem impedimento, para comprovar, apresentou a dita Câmara duas testemunhas: José Luiz Ferreira, de 40 anos de idade; e João Ferreira da Silva, de 33 anos.
Depois de ouvida as duas testemunhas, a Câmara solicitou o depoimento de uma terceira testemunha, o seu cunhado José Joaquim Samarcos, de 46 anos, irmão de sua falecida mulher, casado com d. Maria Seve Samarcos. Após o relato das três testemunhas, a Câmara Eclesiástica, através do Monsenhor Marcolino P. do Amaral, expediu parecer favorável, comprovando a viuvez, permitindo o casamento dos nubentes que se realizou em seguida (ver Documento 01).Quanto aos filhos de Maria do Rosário Samarcos, em maio de 1900, chegou ao Recife, vindo de Portugal, o filho João Ignácio da Costa, que contava 11 anos de idade. Por sua pouca idade, acredita-se que tenha vindo acompanhado por alguém de sua família, provavelmente um tio ou tia, paterna ou materna. Um ano depois, no dia 12 de maio de 1901, Manoel Ignácio embarcou para Portugal, no vapor Brezil, de bandeira francesa, com destino final em La Plota e escala em Lisboa, com previsão de 10 dias de viagem, com a finalidade de buscar os dois filhos que ficaram em Portugal, na companhia de seus parentes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário