1889

O segundo filho de JJ Samarcos: Ernesto Epiphanio

Ernesto Epiphanio Seve Samarcos, nascido a 7 de abril de 1889, natural de Pernambuco, aos dezoito anos de idade casou no dia 30 de maio de 1906, às 5 horas da tarde, no 3º andar do prédio nº 3 da Rua Marcílio Dias (antiga Rua Direita), na cidade do Recife, na presença das testemunhas João Gaston, de 53 anos, residente na Rua Direita, e João Araújo Braga, de 24 anos, residente a Rua Barão da Victoria (antiga Rua Nova), pelo regime de comunhão de bens; com Julia Águeda Paes Barreto, natural de Pernambuco, solteira, com 19 anos de idade, filha legitima de Vicente Ferreira Paes Barreto e de d. Josepha Amália Paes Barreto, residente na freguesia de Santo Antonio do Recife. Com seu casamento, por petição de 1º de junho de 1906, pede ao juiz emancipação por casamento, e a entrega dos bens a que tem direito. O pedido foi indeferido, uma vez que é menor de 21 anos de idade, ficando os bens sobre a administração de sua mãe e tutora.

Pouco se sabe da vida de Ernesto e se deixou herdeiros. O interessante é que se casou com Julia Águeda, que pelo sobrenome vem de um dos troncos mais tradicionais das famílias de Pernambuco e mais antigos do Brasil: Pais Barreto (na grafia arcaica Paes Barreto).

A família Pais Barreto, com origem no Brasil na cidade de Pernambuco, por onde passou no estado João Pais Velho Barreto, português nascido na cidade de Viana do Castelo, em Portugal, por volta de 1544 e foi morto também no estado de Pernambuco, na cidade de Olinda em 21 de maio de 1617. Foi filho segundo de Antônio Velho Barreto. Antônio Velho Barreto, foi cavaleiro da Ordem de Cristo, morgado de Bilheiras e senhor da Domus fortis de Constantino Barreto. João Pais Velho Barreto fundou o morgadio do Cabo de Santo Agostinho em Pernambuco. Teve a sua chegada no Brasil entre 1557 e 1560, local onde foi um importante cultivando a cana-de-açúcar, chegando a ser considerado, na época, como o homem mais rico de Pernambuco. Foi prestador de serviços de relevância na colonização da Paraíba e do Rio Grande do Norte. Em Portugal foi Fidalgo da Casa Real e Cavaleiro da Ordem de Cristo.

Já Ernesto, pelo que se tem relatado, se envolveu em confusão por portar arma na rua. No entanto, por alguma razão que nos é desconhecida, apenas foi repreendido pelo ato. 

 

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